terça-feira, 30 de agosto de 2011

O despacho de Jaquelinezinha...

Para quem já pensava na cassação da nossa querida Jaquelinezinha, uma decepção. A deputada foi absolvida por 265 votos a 166 pela Câmara. O voto secreto de nossos parlamentares permitiu que o circo continuasse firme e forte. Alguns criticaram, a imprensa atacou, o velho da mercearia caiu na gargalhada... E eu? Bem, eu busco um lado positivo nisso.

Você, minha nobre senhora que está querendo se livrar daqueles pneuzinhos maleditos, agora tem uma motivação. Se a deputada foi flagrada recebendo um mero auxílio financeiro e conseguiu se livrar da cassação, o que são simples dobrinhas?

O brilho no olhar da Dona Jertudes revelava sua alegria contagiante. Há tempos sofria tentando se livrar da dívida que o cheque especial lhe proporcionou. Todo salário ia para o banco e, mesmo assim, a dúvida nunca diminuía por conta das taxas elevadas de juros. Se ela está abalada? Por que estaria? Se a Jaqueline Roriz se livrou do problemão que a filmagem trouxe, o que é uma simples dívida de banco?

O Seu João entrou animado em casa e puxou a mulher para o quarto. Ela não questionou a ação e o seguiu. Depois do que viu no jornal, uma ereção era mais que possível.

No Centro do Pai Chicó o desespero era geral. Ninguém compareceu para fazer o descarrego. O Pai Chicó não gostou nada disso:

-Estão desvalorizando nosso trabalho! Isso é uma vergonha. Antes a pessoa queria se livrar de mal olhado e vinha fazer um despacho. Agora para se livrar de qualquer coisa eles recorrem ao voto secreto no Congresso. O que será de nós?

A notícia chegou na parte superior do globo. Obama recebeu a notícia com alegria:

-Isso quer dizer que é possível sair da crise ileso??? Ok, man. Let's go!

A discussão girou o mundo. Disseram que era milagre do Bento XVI e a beatificação dele foi confirmada antes até da sua morte, sendo mais rápida que a do João Paulo II. Uns diziam que era um sinal apocaliptico. Outros simplesmente desligaram a TV e foram reclamar nas redes sociais.

Parlamentares viraram garotos-propaganda de produtos relacionados a sua função com o slogan "Se livrar das espinhas é mais fácil que rejeitar relatório na Câmara. Use Assepxia sabonete! Mais difícil de segurar no banho que dinheiro público".

A confusão montada foi questionada por uma jornalista. Ela perguntou a Jaqueline o que ela achava de todo aquele alvoroço. A resposta foi típica da família Roriz:

-"Que alvoroço? Ninguém mais fala nisso. Eu estou trabalhando normalmente".

Mais forte que o marketing da deputada, só o da Assepxia.

Um comentário:

Nay Sousa disse...

Sou fã da sua escrita. Já comentei, não é? Fico maravilhada com a sua capacidade de assimilar o conteúdo e transcrevê-lo, de tal maneira. Parabéns! E vamos para a marcha do ''SAI DESSE LUGAR QUE ELE NÃO TE PERTENCE, JAQUELINE''. haha :)