quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Balancete pessoal...

Estou passando por uma fase meio espectral que se estendeu pelo mês, onde a reflexão nem sempre convém. É como se cada pensamento viesse acompanhado de um medo ou frustração. E foi aí que me percebi em um balancete pessoal, uma espécie de análise da minha vida. Lembrei-me de horas antes de me deitar, de uma ansiedade que me consumiu durante o dia. Abri os olhos, mesmo no escuro, buscando algo que não era visível. Respiração passiva que dava espaço ao silêncio da noite. Não dava pra simplesmente dormir e me transportar para o dia seguinte, seguindo a rotina proposta pelas minhas escolhas.

As horas corriam e a noite parecia ter se estendido pela simples ironia do destino. A regra lógica do tempo foi quebrada pela minha autocrítica permanecia configurando raciocínios explícitos. Como se uma peça se encaixasse em outra e completasse um quadro pessoal. Todo mundo tem decepções, por que as minhas seriam maiores? Talvez não fosse meus problemas em si que me incomodavam. Já sabia bem o motivo da insônia. Talvez fosse pelo simples fato de sonhar acordado ao invés de dormindo e me fechar em um mundo que só existia vazio...

A questão levantada pelo meu subconsciente abordava a razão ou motivo de toda a luta. Por que? O que eu quero realmente provar com tudo isso? Não fazia a mínima ideia de que horas eram. A pergunta se estruturava com mais intensidade. Não percebi mais o silêncio, tão pouco os sons da noite. Ouvi diversos elogios naquele dia, mas o barulho produzido pela minha alma abafava-os com facilidade. Era como correr sem ser perseguido ou ter um destino. Por que tudo isso? Por que estava me esforçando tanto por algo? O que eu queria provar? E finalmente a resposta surgiu com o conflito de ideias. Não era por mim. Nunca se tratou de uma meta pessoal. Todo esse esforço era por vocês. O que eu quero provar? Quero provar que não sou só mais um que nasceu e morreu. Não quero ser só um Arisson. Quero ser o Arisson O grande. Esse foi o fardo que escolhi. Essa é a luta que eu quero.

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