quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Um game diário e fascinante: viver!

Abordamos no programa iCarambaCast a pouco tempo o tema "games" e recordei de uma coisa enquanto nos divertíamos na gravação. Um jogo bem antigo do Super Nintendo que ganhou versões mais recentes e até um filme, mas que nunca consegui zerar o primeiro: o Príncipe da Pérsia.

Lembro da fase de moleque viciado em assoprar cartuchos em uma tentativa, às vezes frustrada, de jogar. Eu e meu irmão não entendíamos nada da legenda em inglês e tentávamos adivinhar a história do personagem do game de acordo com as cenas iniciais. Mas não é esse o foco exato do texto. O que era interessante naquele simples jogo, que ninguém na época conhecia por se tratar de uma novidade, era o desafio lançado. Um enigma a ser quebrado a cada instante e você tinha que desvendá-lo para prosseguir. Eu sempre demorava para achar a forma de passar para outras etapas. A verdade é que eu e meu irmão ficávamos horas por dia e nunca conseguimos zerar. De certa forma, isso era o que mais me fascinava no jogo.

O legal dos games é poder viver a vida de outra pessoa e sair ileso aos desafios. Na vida real isso pode ser mais excitante ainda, afinal as cicatrizes deixam o jogo sem o ar virtual e mais similar a realidade. Nada mais viciante que ser controlado por si mesmo.

Mundo inverso. Uma alma virtual me controla por meio de ligações e fios neurais. Um avatar com uma estrutura que faz inveja em muito programador. E, como nos jogos, quando passarmos pelos desafios também subimos o nível da aventura. A cada fase o jogo fica mais complicado. E o objetivo desse jogo é encontrar soluções e cumprir sua missão diária. Não importa se é fácil ou difícil, se vai zerar ou não, nem quanto tempo irá durar para chegar ao final. O que deve existir é um amor por esse desafio. Jogue com vontade. Aperte o iniciar e encare com a mesma energia até o fim. O jogo só termina no Game Over e a cada derrota aprendemos o caminho certo.

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