quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

RetroExpec​tativa...

E o clima de despedida de 2011 se fortalece. Um ano que foi bem corrido, mas que consegui acompanhar. Começou com um objetivo e terminou com outro. Lembro das metas para 2011 e me sinto feliz de dizer que concluí todas, de uma forma ou de outra.

Há um ano, vi uma matéria em um site e decidi que queria concorrer ao Prêmio Jabuti, que era simplesmente uma das maiores premiações literárias brasileiras. Iniciei o ano com uma campanha de venda de livros e consegui pagar a taxa de inscrição. O livro passou por uma nova revisão e foi atualizado. Parecia uma ideia maluca concorrer com um livro de estreia, mas não me perdoaria se não concorresse. Não me arrependo de nada, mesmo não conseguindo chegar a ser um dos finalistas.

O que era pra ser um ano literário, acabou sendo o ano do teatro. Dei uma de diretor nos vídeos do youtube em família e me diverti dando vida a um cara louco e solitário chamado Douglas Insano. Eu era um blogueiro com uma câmera na mão e milhares de ideias malucas na cabeça. Fui vampiro romântico, fui uma versão pirata do Elvis, fui malandro na pele do Zé Pindaíba, fui paquerador cafona de balada e cheguei até a ser o Chris Martin, do Coldplay. Nas horas vagas, meu quarto virava um estúdio e uma tábua de passar virava um câmera-man.

Com apoio da Fundação CDL de Brasília, tive o prazer de realizar o sonho da minha mãe e ser médico por alguns instantes. O projeto Doutorriso levou alegria às crianças do hospital com uma equipe de médicos palhaços que me diverti fazendo parte. Eu era o Doutor Zão, um dos maiores médicos da cidade, com um metro e noventa.

Pela faculdade pude me encantar com uma molecada que tinha uma cultura diferente da minha por meio do Projeto Rondon. Uma missão social que me transformou em um pirata com um violão na mão cantando "Mamãe eu quero" no meio do Amazonas. Um momento inesquecível para mim e para a comunidade na qual prestamos assistência.

Comecei então a fazer teatro e aprendi bem mais do que queria. Descobri que existem limitações, mas que são obstáculos a serem ultrapassados e não motivos para desistir. Com a Associação Cultural Namastê, pude conhecer artistas que superaram esses obstáculos com alegria. Já na primeira apresentação, contracenei no Teatro Nacional com grandes atores que, apesar de terem Síndrome de Down, desempenharam seus papéis com vibração, marcando o momento para sempre em minha memória. Fizemos improvisos e elaboramos esquetes baseadas neles. Aprendi que o teatro tem um valor social fortíssimo.

No Namastê conheci um tal de Zé. Um cara louco o bastante para estruturar uma parceria que teria como resultado um podcast que fugiria do convencional e amadureceria de forma grotesca. O iCarambaCast nasceu de uma forma maluca e cresceu com vigor, recebendo apoio da Faculdade Anhanguera de Brasília. Fechamos o ano com #23+1 episódios (#24 não cola muito bem, se é que me entende).

Outra oportunidade que ganhei foi de explorar mais meu lado humorístico com a Cia De 4 é melhor. Uma oficina que me fez amadurecer o conceito de construção de personagens e me divertir com tudo isso. A apresentação de conclusão de curso veio para fechar bem o ano com muita, mas muita mesmo, insanidade. Eu já me achava meio louco por ter criado um Stand up Comedy para o Dia do Doador, no Hemocentro. Depois de ser um vilão de uma paródia dos Cavaleiros dos Zodíacos, nada mais era impossível.

Talvez essa seja a melhor definição de 2011: um ano em que tudo era possível, desde conhecer personalidades que admiro até trabalhar de contra-regra. Um ano cheio de limitações, mas cheio de oportunidades que me fortaleciam para superar qualquer obstáculo. Um ano para experimentar o impossível. Um ano para curtir cada segundo.

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