domingo, 24 de maio de 2015

Cobranças...

Sempre paguei minhas contas em dia. Às vezes fiquei devendo alguém aqui ou aculá, mas está tudo quitado ou negociado e não há do que se reclamar. Porém, esses últimos dias tenho ficado contra a parede várias vezes. Familiares, amigos e até mesmo colegas de trabalho tocaram no assunto. A coisa está cada vez mais séria:

- E então?

- E então o quê?

- Parou foi?

- Parei o quê?

- Nunca mais vi nada.

- Nunca mais viu o quê? Desembucha, homem!

- Seus livros. Não lançou mais nenhum?

Fiquei em silêncio. Uma hora antes da abordagem, ouvi o mesmo questionamento de uma estagiária da instituição. Até mesmo o gerente executivo me interrogou com firmeza. Será que meu emprego estava em xeque?

- Já enjoei de ler os antigos. Lança logo um novo! - Exclamava um conhecido enquanto saia da sala.

Mais estranho do que a cobrança, era ouvir isso de alguém que não pertencia ao meu ciclo de amizade. Para quem escrevia apenas por diversão, surgia uma dívida com os leitores.

Liguei o computador e alonguei, como o Rock Balboa faria. Era a hora de voltar à ativa. Baseado na frase clássica do personagem do Exterminador do Futuro, comecei a escrever. Qual foi o resultado? Ah, isso é uma outra história...

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