quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Dia do... hãm... como é mesmo o nome?

Engraçado como o Dia Nacional do Livro passou despercebido. Ao abrir o site dos principais jornais de Brasília, nenhum destaque foi dado para o assunto. É claro que uma simples data comemorativa não muda o contexto no qual estamos inseridos, mas é irônico pensar que o objetivo da criação dela é exatamente estimular a leitura. Este ano, nem mesmo o Correio Braziliense se pautou no tema. Será que isso não é noticioso?

Porém, o erro não está dentro das redações e sim fora. São tantos escândalos políticos e notícias relevantes e irrelevantes. Tudo isso sufoca algumas informações interessantes, que necessitam de um gancho, seja evento ou ação, para serem lembradas.

É por conta disso que criei uma lista de sugestões para consolidação da data:

1ª: A Dilma poderia citar o Dia Nacional do Livro em algum discurso. Apesar de ninguém dar ouvidos e até mesmo baterem panela durante o pronunciamento, sempre que ela fala alguma besteira, vira notícia até internacional.

2ª: Pode-se ainda criar uma mensagem no WhatsApp divulgando a data e com um "Envie para 5 pessoas ou morrerá em 10 minutos" no final. Só não me envie essa corrente, pelo amor de Deus! Vai que eu visualizo no celular tarde demais para enviar para 5 amigos...

3ª: Podemos decretar feriado nacional. Assim, as pessoas ficariam curiosas:

- Quinta-feira é feriado? Do quê mesmo?

- Acho que é de Finados ou Dia do Professor. Não! Lembrei! Me enviaram uma corrente no WhatsApp. É Dia Nacional do Livro.

- Que show! Ótima oportunidade, hein! Já tem alguma programação?

- Vou no cinema assistir aquele filme lá. Esqueci o nome. Aquele que é baseado num livro. Nunca li a obra, mas parece ser bem bacana. E você?

- Eu vou ler um livro pirata que baixei pela internet.

- Nossa! Mas isso não é ilegal?

- Ilegal é não ler, meu amigo. Crime é abandonar um livro ou roubar o direito de ler.

- E por que você não compra a obra na livraria ou pega na biblioteca?

- Dá nada não. Relaxa!

No dia seguinte, o Dia Nacional do Livro estava estampado na capa dos jornais: "Menor é apreendido na frente de uma escola por  receptação de um alucinógeno viciante ilegal, conhecido como livro".

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